Drake e Kendrick A rivalidade contínua de Lamar já tinha notas altas por ser o rap mais movido pela tecnologia de todos os tempos. Dis faixas no Instagram, detalhamentos de letras em podcasts, shows transmitidos ao vivo no Amazon Prime Video. Esta semana, porém, o papel que a tecnologia desempenha na disputa atingiu novos máximos (ou mínimos?) Por meio de dois processos judiciais de Drake, ambos apontando para a importância das plataformas de streaming de música na música popular.
No primeiro processo, uma petição pré-ação apresentada na segunda-feira em Nova York, os advogados da Frozen Moments, empresa de Drake, acusaram a gravadora de Lamar, Universal Music Group (UMG), de usar vários métodos para aumentar as reproduções de “Not Like Us”, incluindo alegações de que o a gravadora pagou à Apple para que a Siri direcionasse os ouvintes para a faixa quando eles solicitassem Amante certificado.
Os advogados de Drake escreveram que “fontes online relataram que quando os usuários pediram ao Siri para tocar o álbum Amante certificado do artista Aubrey Drake Graham d/b/a Drake, Siri tocou ‘Not Like Us’, que contém a letra ‘certified pedophile’, uma alegação contra Drake. Ele também alega que a UMG, que também é a gravadora de Drake, “pagou ou aprovou pagamentos” à Apple para que a Siri fizesse isso.
Em um segundo processo feito no Texas e que se tornou público na terça-feira, os advogados de Drake acusaram a UMG de difamação, alegando que a gravadora poderia ter interrompido o lançamento de “Not Like Us” ou modificado para remover algumas de suas declarações “falsas” sobre Drake.
Difamação e manipulação da Siri são apenas algumas das alegações feitas nas petições. Eles também alegam que a UMG cobrou do Spotify taxas de licenciamento reduzidas em troca do serviço de streaming recomendar a música de Lamar aos ouvintes. Há também alegações de que a UMG usou bots para aumentar os números de streaming de “Not Like Us”, que está se aproximando de 1 bilhão de streams no Spotify e foi indicado a cinco Grammys no início deste mês.
A primeira petição busca “divulgação pré-ação” de qualquer evidência que a UMG ou o Spotify tenham sobre essas alegações. O segundo faz o mesmo com UMG e iHeartRadio, a empresa de rádio que os advogados de Drake afirmam também ter participado de um “esquema pay-to-play” para promover “Not Like Us”.
Ao longo de sua briga – que vem aumentando desde que Lamar chamou Drake em “Like That” na primavera e parecia quase encerrada depois que ele lançou “Not Like Us” – os dois rappers lançaram feno um contra o outro através de músicas. Alegações sobre violência doméstica, hipocrisia e autenticidade têm sido normais. É assim que funcionam as rixas do hip-hop. Mas em uma guerra de palavras que ficou tão acalorada quanto a de Drake e Lamar, assistir agora aos processos judiciais sobre streams do Spotify e sugestões da Siri parece ao mesmo tempo sem brilho e o epítome do que acontece quando as brigas de rap se tornam tão interligadas com a tecnologia. Os fãs de hip-hop de longa data sempre terão suas opiniões sobre quem “ganhou” a briga, mas o recorde histórico ainda conta números frios e concretos – de streams do Spotify a curtidas em uma postagem do IG.